Muita coisa mudou no ciclismo nos últimos 30 anos, bikes mais rápidas, pneus mais leves, tudo feito em detalhes para que possamos desenvolver mais velocidade em cima da bike.
As mudanças não vieram apenas no equipamento, a forma como pedalamos hoje é totalmente diferente do que a 3 décadas, onde era comum encontrar ciclistas subindo montanhas com uma cadência extremante baixa, amassando os pedais e algumas vezes até se lesionando por isto.
Hoje estudos e imagens nos mostram que pedalar em uma cadência relativamente mais alta é mais eficiente do que amassar o pedal para girar o pedivela. Cabe ressaltar que não podemos generalizar números de cadencia para todo e qualquer ciclista, já que o biotipo influencia na eficiência da cadencia, fazendo com que alguns ciclistas consigam performar melhor a 75 rpm (rotação por minuto) e outros conseguem render mais com uma cadencia de 95 rpm, falaremos sobre isto adiante.
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SABEMOS QUE:
A cadência alta desgasta menos a musculatura e consome menos oxigênio.
A cadência baixa gera um desgaste maior da musculatura, fazendo com que depois de longas pedaladas seja desencadeado uma fadiga neuromuscular, o que na pratica é um grande indicador de cãibras.
“…descobriu que os músculos estavam muito menos cansados a 100 RPM do que a 60 RPM enquanto pedalavam a 360 Watts. Esse achado corrobora um estudo japonês que aborda a “fadiga neuromuscular” experimentada pelos ciclistas. O que eles descobriram é que, ao final de uma longa jornada, os nervos que enviam impulsos para os músculos ativos ficam cansados, e isso os torna menos excitáveis, de modo que os músculos não conseguem se contrair com tanta força.” (fonte: trainingpeaks.com)
CADÊNCIA E PERFIL DO CICLISTA
Um ciclista mais musculoso e pesado tende a pedalar com uma cadência mais baixa, onde o consumo metabólico é mais baixo, e ele aceita ou se adapta mais facilmente a fadiga neuromuscular.
Ciclistas mais leves tendem a ter uma cadência mais alta, evitando a fadiga neuromuscular, o que exige mais do sistema cardiovascular, ou seja, tende a andar com uma frequência cardíaca mais alta.
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O perfil atlético de cada ciclista pode mostrar uma tendência relativa que será mais eficiente para você, porém através do treinamento você pode e consegue melhorar sua cadencia, preparando sua musculatura para uma ótima resposta em diversas situações, como uma escalada longa e continua onde pedalar com uma cadencia estável acima de 80 rpm é recomendado ou em uma sprint final quando mesmo com a musculatura já fadigada você precisa pedalar por 10 ou 15 segundos com esforço máximo e alta potencia (geralmente acima de 100 rpm).
Se você tem uma pré disposição para andar com uma cadência alta insira em seus treinos trabalhos de média e alta intensidade com uma marcha pesada. E caso tenha um perfil para andar com uma cadencia mais baixa, exigindo mais de seus músculos, em alguns momentos de seus treinos ande com uma cadencia mais alta e eficiente, isto irá aumentar a eficiência de sua cadencia, diminuir a fadiga e garantir que vá para o final com as pernas mais cheias para fazer força.
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